Para ela, apesar da maioria das crianças infectadas apresentarem sintomas leves, a doença pode matar. Desde o início da pandemia até dezembro do ano passado, 2.625 crianças e jovens de zero a 19 anos morreram em decorrência da Covid-19. Em crianças de 5 a 11 anos, foram 301 óbitos registrados neste mesmo período. “Em testes feitos pela fabricante, a vacina apresentou mais de 90% de eficácia contra a Covid-19 em crianças nessa faixa etária”, disse a cooperada.
Mancini ainda destaca que a dose a ser aplicada na criança será menor que a do adulto. “A criança responde melhor à imunologia da vacina, por isso, a quantidade será de um terço da quantidade aplicada no adulto”, disse. Além disso, o frasco será diferenciado na cor laranja, enquanto a do adulto é roxa. O Ministério da Saúde definiu que o intervalo das aplicações entre a primeira e a segunda dose seja de oito semanas.
A aplicação também será em ambiente diferente, com sala apropriada e profissional capacitado. Inclusive, a criança ficará em observação por vinte minutos após receber o imunizante. “A observação será necessária para ver se a criança terá algum efeito colateral. Mas, os pais podem ficar tranquilos: estudos indicam que em 97% dos casos a criança pode apresentar dor e vermelhidão no local da aplicação, íngua e dor de cabeça”, explicou.
Sobre crianças com comorbidades, a cooperada destaca a importância de priorizá-las. “Esse público será o mais beneficiado com a imunização”, completou. Crianças com alergias não relacionadas aos componentes da vacina também podem garantir a imunização sem problemas.
Os casos de miocardites em crianças após a imunização, amplamente divulgados pela mídia, são extremamente raros e tratáveis, conforme salientou a especialista. “Nenhuma criança faleceu de miocardite após receber a vacina. E mesmo que tenha a doença, ela é passageira. Inclusive, crianças com Covid-19 têm vinte vezes mais chances de desenvolver a miocardite do que com a vacina”, alertou.
A pediatra inclusive destacou a importância da vacinação para proteger crianças menores. “É preciso ver a vacina como um pensamento coletivo. Então, ao proteger seu filho de cinco, e se tiver um filho menor, você também o protege. Tomar a vacina é um direito da criança, está no Estatuto da Criança e do Adolescente, e é um dever do governo aplicá-la”, concluiu.
As vacinas serão distribuídas aos Estados; acompanhe o planejamento e as datas de imunização na Prefeitura de sua cidade.
Fonte: Unimed Catanduva